15 de mar. de 2009

Novas Experiências

Olá pessoas!

Bem, como já devem ter lido (ou não), agora faço parte do Coral da PUCRS. Pra quem não conhece, este coral é o que canta ao som da Orquestra Filarmônica da PUCRS na série Concertos Comunitários Zaffari, além de também apresentar óperas completas.

Confesso que eu não tinha muita intimidade com música clássica e antes tudo parecia uma gritaria ao som de uma orquestra. Ao começar no Coral, descobri que música clássica tem muito mais significado do que eu imaginava. Também vi que aquela história toda de ser um estilo de música mais elitizado é pura lenda! O lance é extremamente popular lá fora. Infelizmente, aqui no Brasil é mais fácil você popularizar um "pancadão" do que uma ópera de Verdi! (QUE PAÍS É ESTE!)

Uma ópera é, em termos práticos, uma peça de teatro, geralmente um drama. A diferença para o teatro convencional é justamente o fato de toda a história ser tocada por uma orquestra e, os personagens serem interpretados por cantores de formação lírica. Dá pra se fazer uma analogia que os grandes musicais da Broadway nada mais são do que óperas modernas.

Outra coisa é a mensagem que as óperas passam. Um grande exemplo é a ópera "Nabucco" de Giuseppe Verdi. Ela conta a história do Rei Nabucodonosor e a invasão de Israel por parte dos Assírios. O segundo canto de introdução ("Gli Arredi Festivi") narra o momento em que os Assírios invadem Israel e os Judeus estão dentro do templo de Jerusalem rezando a Deus para que os defenda. Até aí é uma história bíblica e bla bla bla... o que se destaca nesta parte da ópera é que esta canção tem uma enorme conotação política, uma vez que ela provocava um sentimento nacionalista na Itália do século XIX: na época em que a ópera foi composta, a Áustria estava invadindo o norte da Itália. Feita a analogia entra Itália e Israel, esta ópera consagrou Verdi.

Histórias e explicações à parte, acabei me interessando muito por música clássica pois a mesma transmite todo um sentimento, uma mensagem. Não é simplesmente uma música qualquer.

Quanto às vozes que "não se entende nada", aquilo é a preparação vocal dos cantores. Pelo fato de ter que acompanhar a orquestra e a mesma às vezes possuir harmonias complexas, toda a técnica vocal lírica nos ensina a dar brilho e potência à voz sem precisar se valer da força. Você acha que cantores de ópera se esgaçam pra cantar? Só no início! Depois de pegar o jeito, é só utilizar a expressão certa para a cena e também para tornar a cabeça uma caixa acústica que os caras cantam sem fazer força alguma!!! Impressionante!

Bom, em maio começa nossa série de apresentações, conduzidos pelo EXCELENTE Maestro Frederico Gerling Jr. (o cara é muito fodástico!!! SABE DEMAIS!!!) Bom, pra começo de conversa, ele foi aluno do Maestro Villa Lobos. Dá pra imaginar que ele "deve manjar um pouco" de música... hehehehehe

Confesso que estou apreensivo. Pouco tempo e 7 horas de ensaio por semana para interpretar, somente neste ano, Verdi, Donizzetti, Brahms e mais um compositor russo que até agora não decorei o nome! Além da dificuldade de cantar com um monte de vozes em notas diferentes, tem o fato de só cantar em italiano, alemão, russo, e por aí vai... hehehe

Fica aqui uma palhinha de algumas músicas que estamos ensaiando.

Até mais!!!





8 de mar. de 2009

"Do you remember... remember my name?"


Dae pessoas!

Viram? Foi só eu falar que ao voltar ao trabalho a moleza terminava e o blog ficou atirado de novo! Ultimamente acho que 24 horas é pouco pro meu dia...

Com MUUUUUUUUUUUUUUUUUUUITO atraso venho contar o que foi o show do Deep Purple em Porto Alegre. Só uma coisa pra dizer (ao melhor estilo gaúchês): "BBBBBBBBAAAAAAAAHHHHHHHHHHH!!!!!"... Aqueles 5 senhores simpáticos simplesmente deram uma AULA de música, simpatia e tocaram só os maiores clássicos dessa banda agora com 40 anos.

Tudo começou na abertura com a banda Rosa Tatooada, daqui de Porto, animando a galera. O melhor momento da abertura foi o fechamento do show deles tocando "Detroit Rock City" do Kiss. Como bom fã do Kiss, fiquei alucinado. Meia hora de espera que parecia uma hora e finalmente todas as luzes do ótimo Teatro do Bourbon Country se apagaram... Daí Ian Paice começou a levemente amaciar a sua bateria preparando pro início daquela experiência transcedental com nada mais nada menos que "Highway Star". Os integrantes da banda mostraram que estão na vibe vinho (quanto mais velho, melhor). Ponto negativo foi ver o Ian Gillan com uma gripe da moléstia, onde ele misturava seus agudos poderosos com um espirro ou uma tossida. Mais um motivo pra ter valido a pena ver o show: nesse embalo, não sei até quando o véio Gillan aguenta! No desenrolar do show, descobrimos que junto com o show do Deep Purple, vinha um mini show solo do Steve Morse... INESQUECÍVEL!!!

Entre vários clássicos da banda, um momento pra mim foi especial: Don Airey, tecladista da banda, começou seu show solo e no piano, entre uma viagem de virtuose e outra, ele tocou trechos de "Aquarela do Brasil" e mais umas obras do Maestro Tom Jobim. Após arrancar aplausos fervorosos da galera, ele simplesmente ARREGAÇA seu órgão Hammond com suas duas caixas Leslie e começa a introdução de "Perfect Strangers"... gritei tanto que o que restava de voz ficou nessa música. Pra finalizar, rolou "Smoke on the Water" onde eu só conseguia mexer a boca, uma vez que a voz já tinha se ido faz tempo!!! No bis, rolou "Hush" e Black Night" pra fechar com chave de ouro.

Confiram aí o set list: Highway Star - Things I Never Said -Into The Fire - Strange Kind Of Woman - Mary Long - Rapture Of The Deep - Contact Lost - Well Dressed Guitar - Steve Morse Solo - Sometimes I Feel Like Screaming - Wring That Neck - The Battle Rages On - Don Airey Solo - Perfect Strangers - Space Truckin - Smoke On The Water E NO BIS Hush - Black Night.

Esse foi exatamente o mesmo set list de todos os outros shows dessa turnê, o que não a torna menos mágica.

Fica aí uma palhinha do que rolou no show daqui. Quem não foi, perdeu um SUUPER show!!!





Após tudo isso e com uma voz de penico, fiz um teste pro Coral da PUCRS e, PASMEM, fui selecionado!!! Já rolou até ensaio sob a batuta do jurássico mas não menos espetacular Maestro Frederico Gerling Junior. Me juntei ao time de Barítonos que compõem o Baixo I do Coral... Quando rolar uma apresentação da série Concertos Comunitários Zaffari, eu dou um toque poceis!

Por enquanto era isso... Sogrinha aqui em casa e eu, mal educado, conversando e escrevendo pro blog... hehehehehe

Até mais!